sexta-feira, 12 de junho de 2009

O DOM DE AMAR

As horas se passaram aqui
Tanta coisa e eu não percebi
Mas eu sei que eu sempre senti
Que você me fez, sempre feliz

Me ensinando

Como caminhar
Me ajudando
Para eu não errar
Estendendo a mão
Pra me mostrar
O maior dos dons
O dom de amar

Eu quero sentir nessa hora
A tua presença agora
Falando ao meu coração
Com carinho e emoção
Te quero pra sempre

Em minha vida
O amor cicatriza a ferida
E eu quero levar esse amor
Pra todos que eu encontre, aonde eu for

(Autor desconhecido)

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Crônica: A velha contrabandista




Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela Fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da alfândega — tudo malandro velho — começou a desconfiar da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim para ela:
— Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontólogo, e respondeu:
— É areia!
Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.
Mas o fiscal ficou mais desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco
era areia.
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
— Olha, vovozinha, eu sou fiscal da alfândega com quarenta anos de serviço.
Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
— Mas no saco só tem areia! — insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:
— Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual o contrabando que a senhora está
passando aqui todos os dias?
— O senhor promete que não "espáia"? — quis saber a velhinha.
— Juro — respondeu o fiscal.
— É lambreta.

PONTE PRETA, Stanislaw. Gol de padre e outras
crônicas. São Paulo : Ática, 1997. p. 26-27.

terça-feira, 12 de maio de 2009

RESCUSSITANDO LÁZARO



Texto base: João 11:1-46

Lázaro, era de Betânia e estava enfermo. A cidade de Betânia situava-se cerca de 3 km a leste de Jerusalém. As irmãs de Lázaro, Marta e Maria, mandaram avisar a Jesus, que seu irmão estava enfermo e Jesus diz que a enfermidade “não é para a morte, mas para a glória de Deus”. (11.4) Notamos aqui um exemplo da soberania divina de Cristo, pois, Jesus era amigo de Maria, Marta e Lázaro, entretanto se atrasa para chegar a Betânia, mesmo partilhando com eles da aflição. Comprova-se aqui que Jesus não era direcionado por pessoas ou emoções, mas pela vontade de Deus.

Maria e Marta acreditavam na amizade de Jesus e que Ele amava Lazáro; quando Jesus é informado da enfermidade responde que não “era para a morte, mas para a glória de Deus” e permanece dois dias no local onde estava. Enquanto conversava com os discípulos diz: “Nosso amigo Lázaro dormiu; mas vou até lá acordá-lo” (Jo 11:11, N.V.I.). Entretanto, posteriormente, afirma claramente que Lázaro morreu, mas que estava contente por não ter estado lá, para que seus discípulos pudessem crer. Assim, observamos que a finalidade da morte de Lázaro era a glorificação do Pai e era importante Jesus não estar presente na hora da morte de seu amigo para que a glória de Deus fosse manifesta através do milagre da ressurreição. Isso justifica também o Seu atraso em chegar a Betânia, pois Jesus queria deixar a demonstrãção de que Ele é a ressurreição e a vida.
Quando Jesus chega a Betânia, Lázaro já estava no sepulcro havia quatro dias. Marta ao saber que Jesus chegava vai ao seu encontro e lhe diz: “Senhor, se estiveras aqui, não teria morrido meu irmão. Mas também sei que, mesmo agora, tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá". (Jo 11:21-22). E Jesus lhe responde que seu irmão vai ressuscitar (Jo 11:23). Temos à vista disso, que Marta cria que cria em Jesus e por isso Jesus prediz que seu irmão irá ressuscitar.De acordo com Russel P. Shedd, a expressão “se estiveras aqui” revela um sentido profundo a respeito da escatologia da Igreja, ainda que o Senhor demore para voltar. Sua presença espiritual é necessária para alimentar a esperança da ressurreição em face da morte.

Do mesmo modo como Jesus tinha poder de ressuscitar Lázaro, Ele ressuscitará os crentes em Cristo no Arrebatamento e no versículo 25 Jesus faz mais um pronunciamento com "EU SOU" declarando que Ele é a ressurreição e a vida: “Disse-lhes Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim ainda que morra viverá; e todo aquele que crê em mim não morrerá eternamente. Crês isto?” (Jo 11:25-26).
Quando Jesus termina com um questionamento, Marta lhe responde que crê Nele como o Filho de Deus que devia vir ao mundo e em 1 Coríntios 15, o apóstolo Paulo discute a questão da ressurreição entre os judeus. Paulo nos diz que Cristo morreu pelos nossos pecados, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia. Jesus ressurreto foi visto por muitas pessoas, inclusive por ele. Assim, questiona aos judeus porque eles não acreditavam que os mortos ressuscitam, se é corrente pregar que Cristo ressuscitou.

Portanto, entendemos a importância de Jesus afirmar que Ele é a ressurreição e a vida e ressuscitar Lázaro, pois através dessas ressurreições temos como comprovar que nós também, crentes em Cristo, seremos ressurretos e transformados pela morte e pela ressurreição de Cristo para gozar a vida eterna. Assim, podemos entender que “a morte física não passa um intervalo temporário até a ressurreição”. (SHEDD)

Após isso, o texto de João nos conta que Maria vai ao encontro de Jesus chorando, os judeus também choravam a morte de Lázaro, Jesus pergunta pelo corpo, quando ele dizem para que Ele vá e vê, Jesus chora. Vemos aqui, a humanidade de Cristo e Sua perturbação em relação à morte. Em vista disso, os judeus comentam o quanto Jesus o amava e questionam porque Jesus havia permitido esta morte, pois já havia realizado tantas curas.
Destarte, Jesus vai ao túmulo e ordena que retirem a pedra. Ele faz esse pedido, porque essa era uma atitude que qualquer uma das pessoas que estavam ali poderiam fazer. Marta, ao ouvir o pedido, reitera que o corpo já cheirava mal, pois já era de quatro dias, e entre os judeus era corrente a idéia de que o corpo abandona a alma após três dias. Logo, Jesus responde-lhe: “Não te disse eu que, se creres, verás a glória de Deus?” (Jo 11:40) De tal modo, Jesus confirma novamente a importância de que a glória de Deus fosse manifesta através da ressurreição e da vida. Para Tim Lahaye, a expressão Se creres verás a glória de Deus?”, “relembra a Marta sua promessa anterior, (vs.4.25,26); A confiança de Marta é certamente expressa ao permitir que o túmulo fosse aberto. Ela viu a glória de Deus expressa por meio de milagres, particularmente pelo milagre de ressuscitar os mortos.”
Portanto, quando a pedra é retirada, Jesus chama Lázaro para fora e ele sai, “com as mãos e os pés envolvidos com faixas de linho, tendo o rosto envolvido num pano”(Jo 11:44, N.V.I.), assim sendo, muitas pessoas presenciaram o milagre e a glória de Deus foi manifesta.

Assim podemos concluir com Tim Lahaye, que diz : “O fato de Lázaro se levantar não foi uma ressurreição à qual surgiu vida física sem fim. Jesus restaurou Lázaro a vida física que terminaria com sua morte subseqüente. Como todos os outros que haviam morrido em Cristo, Lázaro aguarda a ressurreição corporal comprometida a todos aqueles que fazem parte do povo de Cristo”.

Rizia Freire®